Eu e meus sonhos bizarros

É mais comum eu dizer que tive um pesadelo do que contar que sonhei com coisinhas bonitinhas e normais.

Antigamente, quando eu tinha um sonho ruim, ficava com ele na cabeça o dia inteiro, me sentindo mal, preocupada, como se o sonho pudesse ser algum tipo de premonição. Não que o sonho me mostrasse o que aconteceria, mas o fato de ter tido um pesadelo me fazia pensar que alguma coisa ruim fosse me acontecer durante o dia. Da mesma forma que um sonho bonitinho me deixava bem, o pesadelo me agoniava.
Hoje em dia, eu continuo pensando no sonho durante o dia, mas desencanei de pensar que algo bom ou ruim possa me acontecer, só porque eu sonhei. E quando acontece, eu sei que foi uma coincidência e só.

E eu costumo me lembrar do sonho durante um tempo, mas depois vou esquecendo. Com exceção de alguns, que me marcam de tal forma, que acabo não esquecendo mais. O sonho dessa noite acho que será um deles.

Eu estava em algum tipo de festa, com várias pessoas desconhecidas e em uma casa com vários andares. De repente, um cara bonitão, mas bem mal encarado, me puxou e me levou para outro andar da casa, onde não tinha mais ninguém. Assustada, comecei a gritar, mas não tinha ninguém por perto e o som da festa tava alto demais para que alguém pudesse me ouvir. Aí ele já veio perguntando na maior agressividade como eu tinha conseguido entrar em contato com um outro cara (pelo que eu entendi, o cara que falava comigo era mau e o cara de quem ele falava era bom). Fiquei sem entender e ele apontou uma arma para mim. Comecei a chorar, disse que não sabia do que ele tava falando, e quanto mais eu falava que não sabia, mais ele ficava nervoso e empurrava a arma contra mim. Aí eu tentei me defender e comecei a empurrar a arma com a mão, mas eu só conseguia pensar na arma disparando e acertando a minha mão. O medo que eu senti de levar um tiro e da dor que eu sentiria foram muito, muito, muito reais!! Daí eu entrei no jogo dele e disse que poderia intermediar os dois caras (nem sabia o que eu tava falando, mas naquela hora valia tudo para salvar minha mão). Ele aceitou (que fácil!) e me puxou para outro lugar. Entregou para mim o celular dele, para que eu pudesse ligar para o cara bom, e me deu uns tipos de chips também. No meio do caminho, encontrei o cara bom e saímos correndo. Passamos por uma porta e parecia que ali o cara mau não teria como entrar. Tinha muita gente lá dentro e todo mundo parecia saber que estávamos nos escondendo. O cara bom foi dormir e me levaram para outro canto, para eu dormir também. Fiquei preocupada e pedi para que me acordassem quando o cara bom acordasse. Fiquei ali deitada, com o celular do cara mau e olhando para os chips, morrendo de medo, pois sabia que mais cedo ou mais tarde ele viria atrás. Caí no sono, e quando acordei, o cara bom tinha sumido. Já era de manhã e algumas pessoas ainda continuavam na casa. Fui atrás delas e desta vez eu as conhecia. Só pensava no cara mau e na possibilidade de ele me encontrar. Todo mundo conversando, rindo, e eu ali, fingindo uma tranquilidade que não existia nem de longe. Aí aconteceram mais umas coisinhas e acordei (de verdade). Tava escuro, mas aos poucos me dei conta de que estava em casa e de que tinha sido só um sonho. O alívio foi indescritível.

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