Saí para jantar com meus pais e minha irmã e fiquei com vontade de fazer vários comentários.

1º) Senhor da mesa ao meu lado esquerdo

Fato 1 - Ele estava jantando SOZINHO. Eu super admiro quem consegue comer sozinho em público, porque eu travo. Posso estar morrendo de fome, mas se não tiver alguém para comer comigo EU NÃO COMO. A pessoa nem precisa comer, mas só por estar comigo já ajuda.

Lembro de uma coisa que aconteceu há uns 20 anos. Eu era pequenininha e por algum motivo estava com meu pai no trabalho dele. Ele me levou até a cantina da empresa e me comprou um salgado. Disse que tinha que voltar para a mesa e me deixou lá. Dei umas duas ou três mordidas no lanche e joguei fora, fui correndo atrás do meu pai. Não foi medo de ficar sozinha, nem medo de qualquer coisa, foi só a sensação horrorosa de ter que comer sozinha. Lembro-me disso com perfeição, como se fosse hoje.

Fato 2 - Ele estava lendo jornal. Aprendi desde novinha que jornal é sujo e que sempre devo lavar as mãos depois de ler ou tocar. Acontece que é super comum ver nas novelas os homens lendo jornal enquanto tomam café da manhã. Com a mesma mão que seguram o papel, comem o pão e tomam o suco. Tipo... que nojo! Mas dei um desconto, afinal, ele estava sozinho. De alguma ocupação ele precisava, né?

Fato 3 - Ele não parava de olhar para mim, para os meus pais e para o que estávamos comendo. Pô, não bastavam a comida e o jornal sujo dele?

2º) Mulher da mesa ao meu lado direito

Fato 1 - Ela estava com outra mulher (irmã, amiga, prima, sei lá), mas eu preferia que estivesse sozinha, porque ela falava ALTO PRA CARAMBA!! 

Fato 2 - O celular dela tocou duas vezes. E não estava no vibracall. Não sei se é etiqueta, mas dependendo do lugar, acho educado deixar o celular para vibrar, caso alguém ligue. Aí junta o celular tocando e a mulher que fala ALTO PRA CARAMBA atendendo. Teve um momento em que a ouvi falando: "Ooooi, meu bem! Tudo beeem, meu amor? E a mamãe, ainda está na UTI?". Desnecessário ouvir esse tipo de coisa no jantar, mas ok.

Fato 3 - Ela usava uma calça justa e com uma estampa horrenda. Não vi direito, mas era branca com umas manchas pretas, como se fosse uma vaca. Para piorar (sim, ela conseguiu), ela estava com uma bota preta. POR CIMA DA CALÇA. Péssimo.

3º) Aniversário na mesa à minha frente

Fato único - Ao final do meu jantar, as luzes se apagaram e os garçons levaram bolo para a mesa e começaram a cantar parabéns. Em uma palavra: MICO. Quando eu comemoro meu aniversário, tento de tudo para que não cantem parabéns para mim, porque eu fico com vergonha e não sei o que fazer. Tipo, A_CHATA, né? hahaha. Mas não gosto. Não para mim.

4º) A mesa atrás de mim estava vazia

Que bom!!!! hahahaha
Não tem jeito, filas vão existir em qualquer lugar e é inevitável que peguemos pelo menos uma durante as nossas vidas. Algumas filas andam rapidinho, outras, demoram minutos, que mais parecem horas. De pé, com calor (ou em um ar condicionado que acha que é geladeira), com alguém fungando, ou tossindo, ou reclamando, seja lá o que for, no seu pescoço/ouvido. Vai ter bebê chorando, criança correndo, espertinho querendo passar na frente. Eu odeio esperar, mas também de nada vai adiantar eu me estressar cada vez que for entrar em uma fila. Só que eu sou normal, não tenho sangue de barata e vez ou outra alguma situação me tira do sério. Tipo a de hoje.

Era 12h45, super pico de horário de almoço, no Mc Donald's. Na minha frente, uma mulher, beirando seus 30-35 anos e sua filhinha, que aparentava ter uns 7 anos. Eu, com muita fome e muita ansiedade, louca para que chegasse logo a minha vez de pedir, pagar, retirar e ser feliz com meu lanchinho. Atrás de mim, muitas pessoas, com fome, com pressa, sem paciência e outras possibilidades.

A mulher da frente pega o cartão para passar na maquininha e a filha diz que quer passar. Ao invés de a mãe ter uma atitude sensata e dizer algo como "depois, querida", e ela mesma passar o cartão e pagar, ela deu o cartão na mão da menina ¬¬' Obviamente, a guria não tinha noção de como se passava e passou do lado errado. A mãe pegou na mão da menina e fez o movimento certo. Ok, respirei fundo. Ohei para a minha prima, que estava comigo, e resmunguei: "Ela tá de brincadeira, né?".

E a palhaçada não tinha acabado: "Agora digita a senha, filhinha." E a pequena, com tooooda a agilidade de uma tartaruga retardada apertou os botõezinhos. Eu tava quase dando um chega pra lá na mulher e falando:

-Olha só, não sei se você percebeu, mas você não é a única pessoa na fila quer quer comer. Se você não está com pressa, tem dezenas de pessoas aqui que estão. Então faça o favor de digitar a senha você mesma e liberar a fila. Grata.

Ah, gente, fala sério! Eu acho o atendimento do Mc super rápido, mas em horários de pico o negócio enche mesmo, não tem como não ter fila. Normal. Só que bota uma idiota dessas e aí o negócio para de vez. Minha raiva só passou quando eu sentei e comecei a comer minhas batatinhas.

Batatinhas são ótimas para curar estresse, fato comprovado hoje! hahaha
Que difícil escrever esse post! Sinto como se estivesse discursando em uma roda de amigas e falar em público definitivamente não é comigo, ahaha!

Para o espanto de muitas, estou completando 26 anos. Eu sei que minha aparência de 15 anos me faz passar por mentirosa, mas façam as continhas: eu nasci em 10 de outubro de 1983.

FOTO PÓS-FORMATURA DA MINHA PRIMA. NÃO REPAREM NO MAKE QUERENDO SAIR.

É triste pensar que estou cada vez mais longe dos 20 e me aproximando dos 30, mas é legal ter a sensação de que estou curtindo tudo ao máximo. Se pudesse, voltaria aos meus 18 anos, mas com a cabeça e a maturidade que tenho hoje. Se fosse para ter 18 do mesmo jeito que eu era quando vivi essa época, então ficaria nos 26 mesmo.

Quantas coisas eu fiz ou deixei de fazer, e que se fosse hoje, faria totalmente diferente. Quantas pessoas me magoaram, e que se o fizessem nos dias de hoje, não me afetariam de forma alguma. Quantas pessoas eu magoei, mas que hoje eu saberia como agir sem ferí-las.

É, pensando assim, não troco meus 26 anos por nenhuma outra idade. Tudo o que eu sei hoje foi aprendido durante os meus 25 anos já vividos.

Cada briga, choro, alegria, tombo, viagem, balada. Cada pessoa que já passou pela minha vida ou que ainda vai passar. Algumas vieram e se foram, outras permanecem, muitas eu mesma fiz questão de excluir da minha vida. Tudo e todos serviram para complementar algo. Tenho certeza de que nada foi em vão.

E não posso, é claro, deixar de citar o blog. Não faz muito tempo que eu entrei para esse mundo, e quando decidi entrar, nem tinha a pretensão de que ele fosse o que é hoje. Sei que não é um blog com centenas de seguidoras/leitoras, nem tem milhares de visitas diárias, mas superou bastante as minhas expectativas. Aliás, acho que eu nem tinha expectativas. Sempre gostei de escrever e escrever sobre o que se gosta é ainda melhor. Eu vibro com cada seguidora nova e tou muito feliz por todas as amizades que já fiz por aqui.

Obrigada por fazerem parte dessa fase da minha vida!
Sintam-se presenteadas com um cupcake :)


P.S.: Este é um post programado. Viajei na sexta (dia 09) e só volto dia 12, que é quando aceitarei e retribuirei todos os comentários. Não se esqueçam de mim nesta data especial, deixem recadinhos, hehe!
Desde que eu aprendi a ler, meus companheiros inseparavéis de leitura eram os gibis da Turma da Mônica. E uma das coisas que eu aprendi com os gibis foi que gatos caem de pé. Lembro até de uma historinha em que uma das crianças pega o coitado do Mingau e joga ele para o alto. O gato caiu de pé e eu achei aquilo o máximo.

Alguns anos depois, perto dos meus 9 ou 10 anos, estava brincando com uma vizinha e encontramos um gatinho. Não pensei duas vezes e quis colocar a teoria em prática. Peguei o bichano, dei um impulso e joguei ele para cima.

Ploft! Ele caiu.

De barriga.

Gente, como assim? Gatos não caíam de pé? Será que aquele gato tinha algum problema motor? Fiquei apavorada, será que ele tava bem? Será que tinha se machucado? E o medo de alguém descobrir o que eu tinha feito? Juro que não tinha feito por mal, achei mesmo que o pobre fosse cair de pé!

Aí ele se levantou, olhou pra mim com a cara mais magoada do mundo, como se dissesse:
-Eu confiei em você e te deixei me pegar no colo. Não fiz nada para você, então por que você fez isso comigo?"

Fiquei traumatizada. Fiquei mal de verdade. Lembro do olhar dele até hoje, sem exagero. Passei anos tentando descobrir por que ele não tinha caído de pé, com as 4 patinhas no chão. Eis que, 94857 meses depois, achei a explicação AQUI:

Eles precisam de certo tempo para poderem se virar e cairem de pé! O_o' Por isso é mais comum gatos se machucarem quando caem de alturas menores do que de grandes alturas.

Vou pedir uma indenização ao Mauricio de Sousa. Para mim, por danos morais, afinal, eu fiquei seriamente perturbada, e para o gato, por danos físicos (se é que ele ainda tá vivo, né!). HAHAHA!

É claro que estou brincando, mas que eu fui influenciada pela historinha não dá pra negar, hheuheuhe!