Eu não sei na definição de vocês, mas, na minha, amigo colorido é aquele com quem rola um afetinho a mais, uma amizade mais intensa, de vez em quando até uns beijinhos, mas não passa disso. É um sentimento forte o bastante para não ser só amizade, mas não é o suficiente para virar namoro.

Atualmente, um amiguinho assim faz parte da minha vida. Nos conhecemos em outubro do ano passado, e desde o começo rolou uma atração muito forte da minha parte (depois, fiquei sabendo que da parte dele também), mas na época ele namorava. Um mês e pouquinho depois, devido aos muitos amigos em comum, passamos a nos ver com certa frequência e a atração foi só aumentando.

Quatro meses depois de nos conhecermos, ele terminou o namoro, e uma semana depois de ter acabado, ele se "declarou" para mim. Disse que desde o dia em que me conheceu, sabia que algo muito especial aconteceria (medo), que ele sentiu uma coisa boa em mim e tal. Disse também que queria fazer uma coisa (entendi que a coisa seria um beijo), mas que não faria, porque não queria me magoar.

De certa forma, fiquei aliviada por não ter acontecido nada. Não por medo de sair magoada, mas por medo de estragar uma amizade que estava apenas começando, caso algo desse errado.

Não demorou muito e eu percebi que o que eu queria com ele era só amizade colorida. Sentia vontade de estar junto, de conversar, de sair, mas quando cada um ia para a sua casa, eu mal pensava nele. Tinha toda aquela coisinha de pegar na mão, de sentir um frio na barriga quando a mão dele tocava a minha, de um fazer massagem nos ombros do outro, de ele vir respirar no meu pescoço e sussurrar no meu ouvido. Tudo isso era muito gostoso, e era exatamente assim que eu queria que continuasse.

Mas ele acordou um dia e resolveu achar que eu estava morrendo de amores por ele. Eu agia com ele do mesmo modo que ele agia comigo, nunca ultrapassei nada do que ele já tivesse feito. Fiquei incomodada com isso, jurei nunca mais ter comportamento de namoradinha com ele e nos afastamos um pouquinho. Ficamos pouco mais de um mês sem conversar e sem nos encontrarmos. Achei que a amizade, que mal tinha começado, já tinha chegado ao fim.

Semana passada nos vimos e, tirando os cinco primeiros minutos, que tiveram um clima meio gelado, estava tudo quase normal, como sempre foi. Evitei apenas o contato físico, mão na mão e tal. O resto, os olhares, os sorrisos, o jeito de um falar com o outro, tudo estava igual.

No último sábado, fomos para a rave. Não sei se todo mundo sabe, mas raves costumam ser realizadas em lugares grandes, com muitas pessoas, e quando está de noite, a iluminação não é das melhores. É iluminação parecida com a de uma balada, tipo os laseres. É muito fácil se perder em rave, ainda mais para pessoas sem noção como eu, haha! Continuando, acho que saímos para andar só nós dois umas duas ou três vezes. Ele teve todo o cuidado de segurar na minha mão, para a gente não se perder, de me deixar andar na frente, quando o espaço não permitia andar lado a lado.

Senti que, embora eu tenha jurado não agir mais assim com ele, aos poucos estou deixando tudo voltar. Não sei, eu gosto dele, ele me atrai muito, mas é só. Verdade que, em algumas horas, eu tive vontade de dar um selinho nele, mas fiquei com medo. Não me vejo ficando, muito menos namorando com ele.
Eu posso estar no meu pior dia, com as minhas piores crises de stress. Posso achar que não tem como ficar mais irritada, mas sempre tem um infeliz para perguntar: "Você tá de TPM?"

Quando é mulher, um bicho do mesmo sexo e que entende o que é ter essa maldita tensão, eu não me afeto tanto, porque quase sempre elas chegam com jeitinho, perguntando com delicadeza.

Agora, quando é homem, eu sinto um ar de deboche, como se eu não tivesse outros motivos para me irritar, que não a TPM. Acho isso de uma insensibilidade e ogrice (do ogro, oi!) sem tamanho. Fico fula, fula, fula, fulaaaaa!

Homens (eu sei que tem alguns que leem, hehe), aprendam: jamais perguntem a uma mulher nervosa se ela está de TPM. Não importa se ela está brigando com vocês desde o começo da semana, se já é a nonagésima vez que ela te dá patada naquela dia, se ela está estapeando o computador bem na sua frente, ou se ela está chorando e comendo mil bolachas recheadas de chocolate de uma vez. NÃO IMPORTA!

Ofereçam chocolate (sem veneno, por favor!), ou uma massagem. Se não quiserem fazer ou dizer nada, então fiquem quietinhos, esperando o momento de fúria passar. Mas se preferirem arriscar algumas palavras, NÃO CITEM A TPM!

E se por acaso ela se desculpar e disser que tava de TPM, não digam: "Ah, nem precisava dizer, tava na cara." Também não precisam ser hipócritas e dizer que nem tinham percebido o comportamento agressivo dela. Perguntem apenas se ela está melhor :) Certeza que assim vocês ganharão pontinhos!

Eu nunca caí na escada. Já levei, sim, tropeções na subida e pisei em falso na descida, mas nunca levei tombão.

O estranho é que sempre que desço uma escada, me passa um filminho na cabeça, e nele estou caindo e rolando escada abaixo.

Se eu já tivesse caído antes, poderia ser entendido como trauma, mas não, então como explicar?

Medo de cair também não acho que seja.

Lembrei de uma história que uma amiga minha me contou. Ela tem medo de água e descobriu que a mãe se afogou quando estava grávida dela. Será que a minha mãe rolou uma escada quando eu estava na barriga dela? Hahaha, vou perguntar.

Alguém aí já passou por algo parecido ou tem uma explicação plausível?